quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A Mensagem!!!

Não sei o que escrever...

Estando eu ao pé do Rio Tejo lembrei-me.... Será que o rio me pode contar alguma história, daquelas que um dia alguém lhe contou?

Eu perguntei ao rio, mas ele que estava com uma corrente tão forte, que nem me ouviu....

Depois olhei para a água e vi círculos de "ondas" pequeninas mas muitas... olhei e vi uma quantidade de peixinhos que vinham à superfície respirar e deixavam um encadeado de ondas, como rasto de quem tinha passado por ali... Peixinho conta-me tu uma história? Mas eles brincavam uns com os outros e na brincadeira não me ouviram...

Olhei para o sol e pensei que “cores”... Que “escuridão”... Que laranjas, brancos amarelos, brancos encarnados alaranjados entrelaçados entre as nuvens a prever uma noite cheia de estrelas... E que bonito vai ser o pôr-do-sol, será que tu o sol me podes contar alguma história daquelas que só tu tens para contar pois só tu viveste anos suficientes para saber histórias que os homens não conhecem... mas o sol estava muito atarefado a despedir-se de mais um dia...

Olhei para o céu e encantei-me com os pássaros voando a favor do vento planando... e a baterem as asas quando queriam ir contra ele... e pensei! Será que tu minha ave linda! Me vens contar ao ouvido uma história daquelas que só tu ouves, entre os pescadores de rio? Estavam tão entretidas a brincar com o vento, que nem deram pela minha presença.

Olhei mais ao longe... Vi um barco! Daqueles barcos com grandes velas, barco antigo, que me fez recuar no tempo, ao tempo dos navegadores, exploradores, aventureiros à descoberta dos novos mundos.... E pensei...

O que pensariam aqueles homens? O que os motivava a embarcarem em pequenos barcos a navegarem grandes Oceanos, à procura de “pequenos nadas” pois nada se sabia existir...

E descobri a história, que o meu rio, o meu peixe, o meu sol, a minha ave que o meu barco, me queriam contar....


A história de alguém que está à procura de “novos mundos” que lança redes e por vezes as redes vêm carregadas de boas notícias, outras, em vez, vem carregadas de más notícias, mas tudo em equilíbrio, que sobe uma velas e descobre Amor onde não esperava encontrar, baixa as velas e deixa-se ir ao sabor do vento, rumo ao desconhecido que é esta vida...tal como o rio, o pássaro, o peixe, tal como o sol tal como o barco à vela.

E gostei! Gostei de ser o barco à vela onde, por vezes me leva ao cabo das tormentas, e outras a novas terras desconhecidas, onde temos outros cheiros, outros sabores, outras cores, outros sentires, me leva até o infinito, onde nem a imaginação consegue alcançar!

E voei! Voei bem alto até ao fundo do meu ser, e descobri que tudo está em harmonia, que a minha vida é simplesmente uma vida, neste universo de desconhecido caminhos, que não tenho o ontem, nem o amanhã, somente tenho este momento agora, este em que te escrevo com a alma cheia de dúvidas, alma que respira, alma em profunda mutação, Esta minha alma, este meu ser, à busca de novos desafios, novos encantamentos, novas experiências...

É! A vida é cheia de surpresa....

E respirei novos ventos, novos ares e brinquei com o ar, inspirava e expirava... que boa esta brincadeira... que me encheram os pulmões de ar vindo de outros lugares.
E aqueci a minha alma com aquele sol, lindo! Lindo de vida, de cores, lindo pois é a esperança e a certeza que amanhã irá outra vez nascer... e pôr-se, e agradeci de ter aquele momento.

E deixei-me ir com a corrente até aqui, até hoje, até a este momento, em que vos escrevo, e que bom é vos escrever... sem saber o que escrevi.

CM

3 comentários:

Anónimo disse...

Vale a pena o investimento.

Parabens!!

Jinhos gordos

Cristina disse...

è bom escrever... mesmo que não seja para uma folha em branco... vale a pena sentir e sentir-me... é! vale mesmo a pena, MMMM.
Obrigado por teres passeado comigo neste paseio à beira rio.
CM

Anónimo disse...

Isto é sem saber o que escreve...
Então escreva lá sabendo...
Adorei
MC